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Estreante em disco, mas de sólida carreira nas noites paulistanas como vocalista de grupos do naipe do Alta Fidelidade, Marina de la Riva precisava pagar uma dívida. Filha de uma mineira com um exilado cubano, a cantora ouve desde que nasceu em Baixa Grande da Leopoldina, município de Campos dos Goytacazes (RJ), os sons da ilha, mas demorou um tanto para incorporar ao seu trabalho. “A música sempre foi um negócio tão importante pra mim que não pensava em me profissionalizar. Era uma intimidade com a família, eram os discos da minha avó, uma música que meu pai cantava. A música era como uma placenta passando informações emocionais e intelectuais. Uma forma de viver a saudade deles”, explicou em conversa com a reportagem do Gafieiras. No entanto, é possível notar em seu disco de estréia, Marina de la Riva (Mousike/Universal, 2007), que a cantora conseguiu resolver estas questões internas. Mas como?
Após se mudar para São Paulo, Marina começou a atuar na noite, geralmente com um repertório jazzístico, e ter aulas de canto lírico. Tudo ia muito bem, mas ainda não era isso. Algo faltava. “Fui à premiação do Grammy em 2004 e vi o show do [pianista cubano] Bebo Valdés com o [cantor espanhol] Diego Cigala. Nem consegui ver direito o show porque chorei o tempo todo. Ali, naquela hora, entendi o que estava doendo tanto em mim e o que tanto procurava fora sendo que a história era dentro. No vôo de volta ao Brasil peguei um caderno e escrevi todo o projeto deste disco: onde ia gravar, como ia gravar, a qualidade dos músicos, a sonoridade, o tipo de microfone, o repertório, gravações em Cuba”. A princípio, Marina não iria gravar nada brasileiro, mas quando pisou em solo cubano sentiu vontade de colocar seu lado materno para cantar. Viu que precisava unir musicalmente as duas pontas de sua vida e seguir em frente (by Vício Auditivo )
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