O tão aguardado novo disco de Chico Buarque
finalmente sai do forno para saciar (ou não) o apetite dos fãs e do
público em geral que há cinco anos aguardam por esse momento. Canções
como “Querido Diário” (Chico Buarque) e “Essa Pequena” (Chico Buarque),
baseiam-se em temáticas que parecem varrer o cotidiano de Chico Buarque,
o que sugere, ser o escopo principal do disco.
O disco é simpático, menos sisudo que alguns lançamentos anteriores, e tem tudo para agradar a maioria das pessoas que ouvirem o disco com atenção. O que talvez pode deixar o fã um pouco triste é o fato de o disco dispor de apenas trinta minutos de música, divididos em dez faixas. Por outro lado, Chico está mais acessível nesse álbum, fugindo de letras longas demais, e apostando em faixas bem definidas, compreendidas entre seus limites, apesar de, em sua maioria, beirarem uma temática relativamente pessoal, o que talvez seja a justificativa para a simplicidade do nome do novo CD.
Um dos destaques do disco é o vocal de Chico, inspirado e enquadrado em correta grandeza nas faixas, como é percebido na canção “Rubato” (Chico Buarque e Jorge Helder), segunda música do álbum, onde Chico usa de sua experiência para ditar vocalmente o ritmo mambembe da faixa.
Se algo no disco incomoda, esse algo é o abuso ao piano, o que não chega a eclipsar a beleza de faixas como “Essa Pequena” que, apesar de letra interessante e reflexiva, musicalmente a levada transita em algo que alude ao som “piano-bar”, um blues talvez, sendo que a canção merecia uma levada com um pouco mais de malemolência, o que poderia fazê-la funcionar bem melhor.
“Tipo Um Baião” (Chico Buarque) não é exatamente um baião, na verdade, se é, o é muito pouco. Contudo, independente disso, a canção brinca com um inesperado cadenciamento ao longo da faixa, além de apresentar um coro feminino elaborado no estilo retrô e guitarras perceptíveis, transformando a faixa em uma das mais diferenciadas do disco.
Algo que também chama atenção no disco são os duetos do álbum. Em “Se Eu Soubesse” Chico e a cantora Thais Gulin duelam em uma bela faixa, uma das melhores do álbum. A já conhecida “Sou Eu” (Chico Buarque e Ivan Lins) é outro ponto alto do disco, pois a parceria vocal de Chico com Wilson das Neves e o Samba que narra esse encontro, conseguem colorir e dar mais vida ao álbum. É uma pena que momentos como esse só ocorrem novamente no álbum em “Barafunda” (Chico Buarque), outra bela criação de Chico, e que emula essa vertente sonora, o que cai como uma luva para a inventiva composição.
O disco encerra com a canção “Sinhá”, samba de temática Afro, relacionada ao Brasil Imperial, que conta com João Bosco no violão e em agoniados vocais, resultando em uma brilhante canção que rapidamente eleva a música a uma importante posição dentro do cancioneiro de Chico Buarque.
Se em outros tempo, os discos de Chico brincavam com a falta de formato e com o despojamento de faixas que iam de Sambas casuais à instrumentais beirando ao caos sonoro, aqui em “Chico” tudo é muito rico, límpido e formatado, muito embora as canções sejam criativas e de grande bom gosto. A canção “Sem Você 2” é um bom exemplo de uma faixa que teria muito mais a dar se nela fossem experimentados alguns arranjos que fugissem do formato mínimo.
Talvez basicamente essa seja a grande diferença entre os álbuns antigos de Chico Buarque com os mais recentes, mas como eu disse, os tempos são outros.
O disco é simpático, menos sisudo que alguns lançamentos anteriores, e tem tudo para agradar a maioria das pessoas que ouvirem o disco com atenção. O que talvez pode deixar o fã um pouco triste é o fato de o disco dispor de apenas trinta minutos de música, divididos em dez faixas. Por outro lado, Chico está mais acessível nesse álbum, fugindo de letras longas demais, e apostando em faixas bem definidas, compreendidas entre seus limites, apesar de, em sua maioria, beirarem uma temática relativamente pessoal, o que talvez seja a justificativa para a simplicidade do nome do novo CD.
Um dos destaques do disco é o vocal de Chico, inspirado e enquadrado em correta grandeza nas faixas, como é percebido na canção “Rubato” (Chico Buarque e Jorge Helder), segunda música do álbum, onde Chico usa de sua experiência para ditar vocalmente o ritmo mambembe da faixa.
Se algo no disco incomoda, esse algo é o abuso ao piano, o que não chega a eclipsar a beleza de faixas como “Essa Pequena” que, apesar de letra interessante e reflexiva, musicalmente a levada transita em algo que alude ao som “piano-bar”, um blues talvez, sendo que a canção merecia uma levada com um pouco mais de malemolência, o que poderia fazê-la funcionar bem melhor.
“Tipo Um Baião” (Chico Buarque) não é exatamente um baião, na verdade, se é, o é muito pouco. Contudo, independente disso, a canção brinca com um inesperado cadenciamento ao longo da faixa, além de apresentar um coro feminino elaborado no estilo retrô e guitarras perceptíveis, transformando a faixa em uma das mais diferenciadas do disco.
Algo que também chama atenção no disco são os duetos do álbum. Em “Se Eu Soubesse” Chico e a cantora Thais Gulin duelam em uma bela faixa, uma das melhores do álbum. A já conhecida “Sou Eu” (Chico Buarque e Ivan Lins) é outro ponto alto do disco, pois a parceria vocal de Chico com Wilson das Neves e o Samba que narra esse encontro, conseguem colorir e dar mais vida ao álbum. É uma pena que momentos como esse só ocorrem novamente no álbum em “Barafunda” (Chico Buarque), outra bela criação de Chico, e que emula essa vertente sonora, o que cai como uma luva para a inventiva composição.
O disco encerra com a canção “Sinhá”, samba de temática Afro, relacionada ao Brasil Imperial, que conta com João Bosco no violão e em agoniados vocais, resultando em uma brilhante canção que rapidamente eleva a música a uma importante posição dentro do cancioneiro de Chico Buarque.
Se em outros tempo, os discos de Chico brincavam com a falta de formato e com o despojamento de faixas que iam de Sambas casuais à instrumentais beirando ao caos sonoro, aqui em “Chico” tudo é muito rico, límpido e formatado, muito embora as canções sejam criativas e de grande bom gosto. A canção “Sem Você 2” é um bom exemplo de uma faixa que teria muito mais a dar se nela fossem experimentados alguns arranjos que fugissem do formato mínimo.
Talvez basicamente essa seja a grande diferença entre os álbuns antigos de Chico Buarque com os mais recentes, mas como eu disse, os tempos são outros.
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