A cantora responde pelo nome de Gaby Amarantos e é uma das precursoras do movimento technobrega, sucesso nas festas de aparelhagem (baladas multimídia que reúnem uma quantidade hedionda de pessoas ao norte do país). Gaby fez sua fama em Belém tocando com a banda Technoshow, da qual traz duas músicas ao disco solo: Gemendo e Faz o T, em dado momento a versão que fez para a música Single Ladies cai na web e vira hit, desse momento em diante a cantora vislumbra uma chance: não ficaria apenas tocando no Pará, levaria suas influências ao resto do país.
O visual trash e exagerado, cheio de lâmpadas de LED, luzinhas que piscam e penas na cabeça, garantiram à Gaby mais algum tempo de exposição e depois do que pareceu um eterno tempo de pré divulgação, sai no final de abril, seu disco de estréia: Treme. Olhando a capa do referido, que traz a cantora disparando lasers dos seios entre animais empalhados, a impressão que dá é que Gay não desistirá de seus truques visuais muito utilizados em shows, muito divertidos, por sinal, e continuará apelando para sua simpatia(a arte do album tem um humor que desarma até o mais xiita dos malas culturais), mas o disco nem precisa. Sob a tutela de produtores gabaritados e gravadora grande, Gaby não se deixa levar, nem nega suas influências amazônicas: há muito carimbó, lambada, forró e claro, o technobrega, que fez sua fama, tudo isso embalado em certeira roupagem pop.
Xirley
foi o primeiro single de Treme à chegar ao grande público e é o
principal responsável por trazer a cantora de volta à mídia, já que
honestamente a versão (bem ruim) de Single Ladies que
a fez famosa como a Beyoncé do Pará não teria capacidade para tanto. A
música já foi muito tocada, desde seu lançamento, mas mesmo assim,
permanece divertida e com um groove interessante. O clipe é tão bom
quanto a música e fala do início de Gaby negociando suas primeiras
gravações com os camelôs de Belém, sua cidade natal, além de trazer uma
ótima sacada sobre pirataria.
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