Couer de Pirate é o projeto musical da canadense Béatrice Martin, e está indicado àqueles que gostam de arranjos delicados, voz suave e uma certa melancolia.
Béatrice é de Quebec e apostou na divulgação de sua música através do MySpace, conquistando vários fãs, o que lhe permitiu lançar em 2008 seu primeiro LP - Couer de Pirate.
O segundo LP foi lançado em 2011 - Blonde, e como uma evolução natural do próprio projeto conta com mais instrumentos, uma produção maior e a mesma magia da voz de Béatrice.
m.
Primeira faixa do disco de estreia do inglês filho de ugandenses Michael
Kiwanuka, “Tell Me a Tale” deixa claro em seus vinte segundos iniciais
as matizes que se ouvirão no trabalho do cantor. O arranjo intrincado da
canção, com cordas e sopros, e sua letra cheia de significados poéticos
tramados de maneira (aparentemente) simples ecoam o pop sofisticado de
Van Morrison e Nick Drake, enquanto a voz de Kiwanuka traz à tona o bom
charme de crooners como Sam Cooke e Otis Redding. Tais influências
perpassam as dez faixas de “Home Again”, seja em um momento mais
balançado, como o doo-wop “Bones”; alegre, como na folk-song “I’ll Get
Along”, que não destoaria em um disco como “Moondance”; ou ainda nas
introspectivas baladas “Rest” e “I Won’t Lie”, capazes de arrepiar até o
último fio de cabelo do corpo. Conhecido por ter aberto shows para
Adele em 2011, Kiwanuka compartilha com a cantora de “Someone Like You” a
sensação de fazer música deslocada de seu tempo, mas que tem seu apelo
junto aos ouvintes justamente por ir contra a maré do hoje. Entretanto,
ao contrário de Adele, Kiwanuka parece ser capaz de colocar voz própria
em suas canções sem apelar para floreios e exageros (nem para uma imagem
muito bem construída e polida), compondo um disco em que pouquíssimas
coisas parecem fora de sintonia. Em “I’m Getting Ready”, outro ponto
alto de “Home Again”, o cantor diz que ainda está ficando pronto para
acreditar em algo maior, mas, depois de ouvir “Home Again” por inteiro, é
difícil que o ouvinte não se sinta em casa com por suas canções.
O projeto musical encabeçado por Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra (ex-Ira), Taciana Barros (ex-Gang 90) e Antonio Pinto (compositor
de trilhas sonoras para filmes) deu origem a um novo estilo musical: O
MPC (Música Psicodélica para Crianças). Os músicos já conhecidos da
década de 80, voltaram a se encontrar quando os filhos menores estavam
matriculados na mesma escola. Frequentavam as mesmas festas e nessas
festas cantavam as musicas que faziam para seus filhos. Decidiram que
deveriam reunir essas músicas em um disco. Nasce ai o primeiro disco do Pequeno Cidadão.
Tanto na produção e gravação do disco quanto nos shows da banda, os
filhos dos músicos participam nos vocais. Durante a apresentação, o
espectador se encanta com a miscelânea de instrumentos musicais, como
guitarra, piano, bateria, malabares, fantasias, brincadeiras de crianças
e um telão.
. “Pequeno Cidadão” tem 14 faixas e letras que brincam com os primeiros pepinos existenciais do ser humano: a hora de largar a chupeta (“Agora eu quero cantar, sem uma tampa de borracha pra me atrapalhar”), obrigação versus diversão (“Agora pode tomar banho / agora tem que pular no sofá”) ou dor-de-cotovelo (“O sol pediu a lua em casamento e a lua disse: não sei, não sei, não sei, me dá um tempo”).