Break It Yourself
O cantor e multi-instrumentista Andrew Bird colocou no mercado o ano passado o
sexto álbum de estúdio de sua carreira solo. "Break it Yourself" traz
14 belas faixas - duas delas, interlúdios instrumentais - escritas com a
típica elegância do músico.
Para o novo disco, aliás, o norte-americano tinha um grande desafio, já
que seu último lançamento, "Noble Beast" (2009), acabou sendo um álbum
marcante em sua carreira. Isso não foi realmente um problema: o desafio
foi aceito e o objetivo atingido. "Break it Yourself" é tão bom quanto
ou ainda melhor que seu antecessor.
O que Andrew Bird apresenta em "Break it Yourself" é uma coleção de
músicas suaves, mas não passageiras. São canções para momentos
contemplativos, quem sabe de relaxamento. E isso se dá, nem tanto pela
mensagem de suas letras - às vezes com um toque sombrio, como em "Near
Death Experience Experience", que fala sobre a vida passar diante dos
olhos numa experiência de quase morte - mas especialmente pela
musicalidade de Bird, cheia de camadas e nuances.
Há uma atmosfera solta, provável resultado da forma como o disco foi
gravado, em uma série de jams no estúdio, junto com uma banda. É claro
que depois as canções ganharam arranjos, elementos e efeitos como se
fossem vitaminas para ficarem mais fortes.
O violino, como sempre, ganha grande destaque e assovios não ficam de
fora nas canções de "Break it Yourself". O clima folk anos 1960 está lá,
em todo o repertório, assim como as influências de jazz e pop que os
fãs do músico bem conhecem. Ou seja, "Break it Yourself" mantém o estilo
que toda a discografia de Bird ostenta.
São destaques no repertório "Eyeoneye", "Give It Away", "Danse Caribe" e a já citada "Near Death Experience Experience".
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