Durante um bom tempo, música instrumental no Brasil era sinônimo de
trabalhos muito refinados e pouco acessíveis ao ouvinte médio. A banda
paulistana Bixiga 70 está ajudando a retomar a pegada mais dançante e
para cima dessa importante vertente da música brasileira.
A semente da banda surgiu durante a gravação da música "Grito de Paz",
que iria integrar um trabalho do tecladista Maurício Fleury. "Íamos
gravar apenas uma faixa e acabamos criando uma banda", relembra o
músico, bem-humorado.
Em comum, os dez músicos tinham o fato de participarem frequentemente de
gravações no estúdio Traquitana, localizado no número 70 da rua Treze
de Maio, coração do tradicional bairro do Bexiga.
Dessa forma, mergulharam de cabeça no trabalho e gravaram seu primeiro
disco em 2011. O segundo acaba de sair, e reflete as inúmeras horas de
ensaios e de shows feitos nesses dois anos.
O som feito pelo Bixiga 70 investe em música africana, brasileira, soul,
funk e o que mais vier, e sempre sai das pesquisas e jam sessions
feitas por seus integrantes.
Eles se autoproduzem e também cuidam do lado empresarial. "Temos parceiros, mas tudo é decidido por nós", diz Maurício.
A parceria com o Traquitana se mostrou fundamental na viabilização do
grupo. "Tudo gira em torno do estúdio, e não precisar se preocupar em
pagar as horas que usamos nos ajudou a crescer muito", explica o
tecladista.
O objetivo básico do Bixiga 70, que já fez shows em seis países, é se
aproximar da forma mais direta possível do público. Para isso, tocam nos
mais diferentes espaços e oferecem seus discos em diversos formatos,
incluindo downloads gratuitos.
"Se for para baixar, mesmo de forma gratuita, que seja com qualidade", diz o guitarrista Cris Scabello.
O violinista Ricardo Herz lançou em 2012 seu quarto CD, Aqui é o Meu Lá. O trabalho traz composições próprias e sonoridade dada pelo Ricardo Herz Trio, que contacom o baterista e percussionista Pedro Ito e com o violonista Michi Ruzitschka.
Com direção musical de Benjamim Taubkin e lançamento
pelo selo Scubidu Records, o projeto é fruto da pesquisa de Herz na
música brasileira, mesclando-a com diversos ritmos do mundo. A partir
dessa inspiração, o artista teve a liberdade de criar a sua própria
música: melodias, que mesmo passeando por outras terras, trazem a
familiaridade do quintal de casa.
São 12 faixas, sendo onze autorais – que incluem homenagens para Dominguinhos e Garoto – e uma versão para Odeon, clássico de Ernesto Nazareth. O álbum, como não poderia deixar de ser, é a base do repertório do show. “Cada composição veio de uma inspiração diferente. O disco tem
dois forrós, um choro, um chamamé… As melodias são alegres e têm uma
simplicidade vinda da canção popular. A ideia é que o público possa sair
cantando. A partir deste pensamento, iniciei a composição do álbum”,
diz o violinista, que retorna ao Brasil, após viver um ano em Boston,
nos Estados Unidos e outros oito em Paris, na França. Neste período,
também participou de festivais no México, Malásia, Holanda, Rússia,
Israel, Dinamarca Itália e Romênia.
Para Herz, a experiência no exterior foi fundamental para expandir seu conhecimento sobre outras culturas musicais. “Tive
a oportunidade de viver oito anos na França me dedicando à música
popular e, neste tempo, tive contato com vários estilos, como o jazz, a
música africana e, principalmente, o forró, na Orquestra do Fubá. Foi lá
que desenvolvi minha linguagem de violino na música popular”, relembra.
Submetida a tantas influências e experiências, a sonoridade marcante
do trio – violino, bateria e violão sete cordas – está ainda mais
apurada. “Aqui é o Meu Lá” traz momentos de virtuosismo e
outros com mais cadência, além de solos bastante elaborados. Todo o
material foi gravado ao vivo em estúdio.
A lista dos músicos convidados para o álbum inclui o próprio Benjamim
Taubkin, que tocou piano em uma das faixas, o contrabaixista João
Taubkin e Danilo Morais, na voz e violão. Os três estarão também no
palco, que contará com projeções e iluminação do estúdio Laborg. “Será
um show muito especial. O lançamento oficial é a festa de coroação de
um trabalho de dois anos, desde a concepção até a chegada do disco.”, completa. De Ontem pra Amanhã by Ricardo Herz Trio on Grooveshark
Extremadamente jóvenes (Kitty, 15; Lewis, 18; Daisy, 20 años) y llenos
de talento, aparecen en la escena inglesa sin llamar mucho la atención.
Por ALEJANDRO ARTECHE
Ahí los tienes a los tres. Monísimos, hechos un pincel con su ropita
vintage. Son como muñequitos de tarta de cumpleaños vestidos de
rockabillys cincuenteros. Ves la portada de su primer disco y parece una
recopilación de la Sun records o una reedición de un grupo desconocido
de Kentucky que no llegó a triunfar hace 60 años y que algún loco ha
descubierto y ha vuelto a poner en circulación, pero no. Kitty, Daisy y
Lewis, los tres hermanos Dorham, son de este siglo, adolescentes menores
de edad y vienen de Londres.
Entre toda la revolución sesentera y soulera que asola Inglaterra en
estos momentos, la aparición de un trío rockabilly en el más puro estilo
de los años 50 ha explotado en la escena musical inglesa como una carga
de profundidad. El Reino Unido ha tenido gran tradición de bandas
rockanroleras, sobre todo en los 80, con grupos que cuidaban el sonido y
la estética vintage como Roman Holliday, o Boot hill foot tappers.
La película nos la han vendido muy bien. Tres hermanos menores de edad
amantes del rock n roll y la estética cincuentona, que compran su ropa
en tiendas vintage y van vestidos siempre como si vivieran en un
'rebelde sin causa' non stop.
Además, los chicos (la menor tiene sólo 14 años) son coleccionistas
compulsivos de discos de 78 rpm de rockabilly y tienen la cultura
musical suficiente para atreverse a versionear a Muddy Watters o adaptar
al rockabilly a los Canned Heat en el maravilloso y energético 'Going
up the country' que abre su primer disco.
Por si fuera poco, los mocosos tocan la batería, contrabajo, guitarra,
piano... Vale. O estos niños son unos superdotados o aquí huele a muerto
y yo no he sido. Indagando un poco descubrimos que, en directo, junto a
ellos llevan como músico de acompañamiento a... ¡su madre! Claro que su
madre no es una madre cualquiera, la buena mujer fue batería en los
primeros 80 de los Raincoats, uno de los cientos de grupos punk que
asolaron Inglaterra y en el que entró como sustituta de la española Palm
Olive, que se fue a tocar con las Slits. De los Raincoats tambien salió
gente que luego formó parte de grupos básicos como los Barracudas o
PIL.
Vale que por parte de los padres pueden haber heredado toda la cultura
musical y que algo hayan influido en su estética. No es lo mismo que,
cuando eres pequeño, tus padres te pongan discos de Julio Iglesias, que
crezcas escuchando a Elvis, Sex Pistols o Stray Cats entre chupas de
cuero y crestas, que entre zapatos castellanos y lacostes. También es
cierto que, normalmente, los hijos de padres modernos, por rebeldía,
salen ultraconservadores, pero hay veces en que la norma se rompe.
Yo quiero creer que, aunque influenciados por sus padres, Kitty, Daisy y
Lewis han formado el trío porque les gusta la música que hacen. Nadie
se pone a formar un grupo y tocar el ukelele, contrabajo, batería de
pie, piano, guitarra, armónica, steel guitar (sí, los chicos tocan todo
eso y más) obligados.
Una pista fundamental para descubrir cuando alguien hace algo forzado o
por pose es su forma de vestir. Un tupé, un traje de los 50, unos
zapatos bicolores, una falda con cancàn... Eso, si no lo llevas creyendo
en la ropa y en lo que representa, canta a tongo desde kilómetros y con
estos chicos esto no ocurre.
Birmingham singer Laura Mvula has been garnering plenty of adoring reviews across the pond. Even before her debut album Sing to the Moon
was released in Britain, she was shortlisted for the prestigious
Critics Choice Award at the 2013 BRIT awards. Since the album was
released, Mvula’s bright-hued retro-soul has been praised to the heavens
for originality while simultaneously being compared to the luminary
likes of Nina Simone and David Axelrod. Much of the praise is richly
deserved. Sing to the Moon, which was just released here in the States,is a triumph of arrangement and melody: Songs like opener “Like the Morning Dew”,
or the gorgeous title track, combine earworm hooks with beautiful,
uniquely shaped verses, and showcase the open-hearted faith in the world
that is clearly Mvula’s calling card. Even when her lyrics communicate
melancholy, it seems the singer has no choice but to sound defiantly
anti-blue.
The formal complexity of Mvula’s best songs is
testament to an education at the esteemed Birmingham Conservatoire,
whose graduates often stray towards jazz, opera, and classical
composition. You can hear that training in the stately processional
entrance of “Make Me Lovely”, which soon blooms into a full-fledged,
powerful chorus, or in the prettily drawn piano and alternating tones of
“I Don’t Know What the Weather Will Be”. Beyond her studied
compositional ear, Mvula’s voice is also a winning draw. There’s a hitch
in her dusky alto that recalls a mix of Jill Scott and a demure version
of Amy Winehouse. Her voice is classically beautiful but there’s enough
oddity-- a sort of gravelly undertone-- in her pronunciation to keep it
interesting throughout the album.
A lot of anonymity is built
into Mvula’s topics of choice: beauty, love, faith, heartbreak, and
hardship are all discussed on the album with the same generalized air.
This can be a strength when it comes to pop songwriting-- the stories
here are universal enough to be broadly relatable. But Mvula shines when
she gets a bit more personal: She shows a snappy attitude on the show
tune-like “That’s Alright”, an affirmation of her faith in who she is,
which doubles as one of the most exciting tracks here. Mvula sounds best
on her more upbeat songs, so it's a shame there are so few of them.
It’s
an odd choice, given the success of singles "Green Garden" and "Like
the Morning Dew", to fill the album with so many slow-burning, hopeful
anthems. Though they show off Mvula’s vocal talents as well as anything
else here, over the full record they can become mundane and somewhat
repetitious. “Is There Anybody Out There?” and “Father Father” might
work as one-offs for someone encountering Mvula’s voice and
compositional abilities for the first time. But they sink in comparison
to the songs they follow, leaving the album with almost 10 minutes of
under-utilized space.
Mvula's music hearkens back to an earlier
era than that of her many British contemporaries: She hovers on the edge
of pop, but the majority of her songs are too reserved to fully break
through. Mvula's debut is filled with visceral and musical beauty--that
is its strong spot. Once she rids her work of thematic repetition and
lyrical mundanity, she'll be on to something truly special.
Born into a Cape Verdean family in Portugal, Carmen Souza began her
career as a gospel singer at the age of 17. After meeting her longtime
collaborator Theo Pas'çal, she has recorded several well received
albums, which showcase her blend of traditional jazz, Creole and Cape
Verdean sounds.
Her latest is Kachupada, named after a favourite West
African stew that blends a variety of ingredients.
From batuke to modern jazz, gospel to Creole, you bring a
tremendous amount of influences to your music. Can you describe how you
distill these influences?
They are so natural that I don't really think too much about them,
it's almost as if it was other native languages that I speak. Music is
about communication, and you express yourself in the language that is
familiar to you. So when I'm composing I just express whatever comes
from the inspired moment and then I play with these ideas together with
the lyric and the message that I want to send out. And that's how music
flows.
Tell us about working with Theo Pas'çal over the years. What is the collaboration process?
It's been tremendous working with someone that has so much knowledge,
because in the end you are not only learning about just music, you are
learning lessons of life and that will endure forever. When we first
started working together, I was only 17 years old and he was already an
established musician with solo albums and a real innovator in the music
and the groups that he produced in Portugal. It has been 12 years
already; [they've been] full of challenges, a lot of growing up,
maturity of our own sound together as composers. In all our productions
there is never a pre-production; what we feel in the moment, the energy
and inspiration and the spontaneous note is what we capture.
We are now working on a different project that involves me more in a
instrumentalist point of view. The voice is still there, and I will
continue to explore my natural instrument but right now I'm searching to
find my voice as a pianist as well ... so we are developing a project
where we gather several influences from Cape Verde to Portugal, North
Africa and the Lusophone countries. It's almost like the history of our
origin, which is Portuguese ... the places that Portugal discovered, the
images and the feelings that they had finding other worlds. It's almost
like bringing the whole world together in the music. I'm very excited
about it. For someone new to the music of Cape Verde, what three albums would you suggest for a quick education?
I would definitely recommend Tubaroes, Voz de Cabo Verde and Cesaria Evora.
Tubaroes were one of the most popular bands in Cape Verde, the great
Ildo Lobo was their vocalist and guitar player. From the '70s to the
'90s they were a cult band touring around the world.
Voz de Cabo Verde — at some point they had a very political message
and they joined the independence movement singing songs about Amilcar
Cabral.
And Cesaria there is no [introduction] needed for her, she was just great.
Da vida de um
rapaz estranho, passando pelas tricas entre raparigas e aterrando em
Paris, o segundo álbum de originais da cantora é uma viagem por várias
histórias e personagens.
"Este é um disco com mais maturidade,
fruto da experiencia que tenho ganho ao longo destes dois anos", começa
por contar Luísa, salientando que o novo álbum é "um bocadinho mais
nostálgico, mais triste", apesar de destacar este período da sua vida
como sendo "muito feliz".
"There is a flower in my bedroom"
contou com participações de peso, como António Zambujo, Mário Laginha e
Jamie Cullum, artistas que Luísa admira e que são uma mais valia para o
disco, quer pela qualidade dos mesmos, quer pelo facto de trabalharem
em áreas diferentes da música. "O António Zambujo é uma das vozes
portuguesas de que mais gosto, o Mário Laginha é dos meus músicos de
jazz favoritos e tenho acompanhado de perto o percurso de Jamie Cullum,
de quem também gosto muito".
Os dois anos de interregno, além de
maturidade, trouxeram a Luísa a possibilidade de fazer um disco com mais
"som de banda", pois os arranjos foram feitos em conjunto com os
músicos com quem toca já há algum tempo, contrariamente ao que aconteceu
no seu primeiro trabalho, "The cherry on my cake" (2011).
"Cada
músico pôs mais de si neste disco e eu também consegui tirar um
bocadinho mais de cada pessoa porque já os conheço bem e sei o que é que
cada um deles é capaz", resumiu Luísa, destacando que outra das grandes
mudanças foi o facto de se sentir também mais confiante para fazer
ouvir a sua vontade e opinião na construção deste trabalho. "É um disco
que sinto um bocadinho mais meu", conclui.
Segundo album da Orquestra Brasileira de Musica Jamaicana. Versões em
earlyreggae, ska, rocksteady de classicos da musica brasileira,
composicoes proprias e misturas inesperadas.
A Idade dos Metais Clayton Barros, um dos fundadores da banda Cordel do Fogo Encantado (1999-2010), fazia com seu violão a ponte harmônica entre a poesia de Lirinha e a base de percussão dos demais ...
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Clayton Barros, um dos fundadores da banda Cordel do Fogo Encantado
(1999-2010), fazia com seu violão a ponte harmônica entre a poesia de
Lirinha e a base de percussão dos demais integrantes. O sertão
pernambucano de onde vieram eles não era um sertão estático, era um
sertão plugado à cidade, pulsante de informação nova, uma poesia de
cordel eletrificada pelo rock-and-roll.
Daí que o álbum A Idade
dos Metais seja um entrelaçamento dessa energia primitiva com a tensão
massacrante da cidade. Uma colagem em que os elementos de uma infância
simples, junto à natureza (“Meu pé de manga adora banho de chuva / meu
pé de uva se não chover se zanga”, em “Da infância”) convivem com a
pressão frenética de uma civilização com pressa, em “Do Zero” ou
“Alamedas”.
Trilhas sonoras de um passeio de uma câmara
cinematográfica, de carro, às cegas, pela cidade – sentindo a pulsação
de milhões de vidas por trás de cada fragmento de imagem captado através
das lentes. Flashes de uma sensibilidade urbana capaz de chamar a
mulher amada de“doida de pedra” e de conciliar a noite sem fim de “A
Pedra” (insônia na boemia ou num estúdio, com participação do Otto) com a
sensualidade de “Vem cá meu bem”.
Sensibilidade típica de músicos, de uma tribo que se sente à
vontade na cidade e na madrugada, e para quem algumas das coisas mais
importantes da vida acontecem entre a meia-noite e os primeiros raios do
sol.
Os Sertões é composta pelos músicos: Clayton Barros (vocal,
violão,guitarra), Deco Trombone, da banda Ska Maria Pastora (sopro),
Rafael Duarte, do grupo Rivotrill (vocal, baixo) e Perna, da banda
Radistae (bateria). O repertório é baseado em composições próprias, além
de interpretações de Zé Ramalho (“Galope Rasante”) e Les Baxter
(“Wheels”).
THE SHOCKING MISS EMERALD es el segundo trabajo de CARO EMERALD que
estará disponible en la primera semana de Mayo. Para los que no la
recuerden, Emerald es una cantante holandesa que triunfó con su álbum
debut Deleted Scenes from the Cutting Room Floor
en toda Europa de manera paulatina. Comenzó conquistando el mercado
holandés, el belga y el alemán, para terminar en el Top 5 de las listas
británicas casi un año después. Nos consta que algunas emisoras de radio
lo pincharon en nuestro país y que se podía comprar en cualquier tienda
especializada en música. Pero no obtuvo el grandísimo éxito que
consiguió en el resto de Europa.
Para esta segunda ocasión, no se atisban grandes cambios. Emerald se
siente cómoda en su trono de la nueva Reina del Retro y nos regala otro
álbum de canciones Jazzy Pop. Desconocemos si su inspiración esta vez
son las películas de los 40' y 50' como en su anterior álbum. Pero está
claro que va a explotar la fórmula que tanto éxito le proporcionó. El
single de presentación es TANGLED UP y como siempre, nos encontramos con
un Vídeo-Clip de estética cuidadísima que consagra a Miss Emerald como
una de las divas europeas del Siglo XXI.
No editorial de janeiro da revista Inrocks, a jornalista Johanna Seban
lamentou que hoje a boa variedade francesa não faça mais sucesso como
antigamente e se perguntou se não seria Albin de la Simone, que na época
ainda não tinha lançado o novo álbum, quem conseguiria o mérito de
fazer uma música de qualidade que caísse no gosto popular. Para a
alegria deJohanna ainda existe na França artistas que conciliem o
público e crítica e esta é a Zaz que está voltando com um álbum bastante
promissor que promete ser uma das sensações deste ano. Batizado "Recto Verso", o segundo disco da cantora francesa, tem 14 canções, dezessete na versão
"Deluxe", e foi defendido num primeiro momento pelo single "On Ira",
eleito single do mês de março do nosso blog. Nesta quarta-feira a
produção divulgou "Cette journée". Ela também aproveitou o buzz para anunciar que Jean-Jacques Goldman, um dos cantores mais populares da França, colaborou escrevendo uma das faixas do trabalho,"Si". Goldman é um dos artistas preferidos de Zaz que no ano passado reprisou duas das suas músicas no opus "Génération Goldman", cantando"Puisque tu pars (Let's Talk About Love)" em duo com Irma e "Pas l'indifférence". O álbum fez tanto sucesso que a My Major Company (MMC) pretende lançar um segundo volume em junho. Toujours by Zaz - www.musicasparabaixar.org on Grooveshark
Quando o DJ Zé Pedro me convidou para fazer a direção artística de um
disco, só coloquei uma condição: em vez de serem vozes femininas, como é
de lei em sua gravadora Joia Moderna, que fossem somente homens
cantando. Ele topou. Em contrapartida, me pediu que o foco do trabalho
fosse então uma compositora. Cheguei a Ângela Ro Ro sem nem ter que
refletir muito. Não precisava. Há poucas tão grandes quanto ela no
mundo. O Título, "Coitadinha Bem Feito", veio antes de qualquer coisa.
Primeiro até do que a escalação dos cantores. Título e refrão de uma
faixa de seu LP "Escândalo", de 1981, a frase contém a contradição
fundamental de Ro Ro e, em certa medida, de qualquer um de nós. Quando
amamos demais, nos tornamos, ao mesmo tempo, o crime e o castigo.
Coitadinha e bem feito.
A intenção, desde o início, era que o álbum não soasse como um tributo.
Nada contra, mas Ângela está por aí, vivendo, atuando e compondo. Era
necessário evitar "imitações". Ninguém nesse mundo é tão bom em ser
Ângela Ro Ro do que ela própria.
O desejo foi montar um panorama de vozes masculinas dos mais variados
estilos e escolas. Ouvindo as canções originais, pensava que Tatá
Aeroplano, por exemplo, facilmente teria escrito algo como "Transa
modelito forte / Comprimido pra dormir" (de "Balada da Arrasada") ou a
tessitura da voz de Leo Cavalcanti cairia muito bem nos médios e agudos
de "Came e Case".
Cada cantor determinou o seu caminho estético, os arranjos, os timbres. E
isso deu uma riqueza inacreditável ao disco, Ângela Ro Ro e sua obra
monumental servem a isso tudo. Ao passado e ao futuro. Coitadinha, bem
feito!
Marcus Preto
Abril 2013]
Amor, meu Grande Amor - Lucas Santtana Renúncia - Lira Came e Case - Leo Cavalcanti Só nos Resta Viver - Romulo Fróes Mares da Espanha - Thiago Pethit Balada da Arrasada - Tatá Aeroplano Coitadinha Bem Feito - Otto Abre o Coração - Gui Amabis Gota de Sangue - Adriano Cintra Não Há Cabeça - Pélico Fogueira - Rodrigo Campos Tango da Bronquite - Kiko Dinucci Perdoar-os, Pai - Rael Fraca e Abusada - Gustavo Galo Tola Foi Você - Dani Black A Mim e a Mais Ninguém - Juliano Gauche Me Acalmo Danando - Helio Flanders
Desde hace veinte años, el soul ha ido cobrando cada vez más fuerza en
todo el mundo.
Todas y todos conocemos a los grandes: Otis Redding, The Supremes, Sam
Cooke, The Temptations... pero éste es un género que se nutre, en gran
medida, de voces casi anónimas. Canciones que pasaron casi
desapercibidas para el gran público y que con los años -y en nuevas
versiones, casi siempre de artistas blancos- obtuvieron el éxito
internacional. Soul Classics es precisamente eso. Una recopilación de 28 grandes
clásicos del soul (ripeados de la edición original, por Dro en 1991, en
LPs). Auténticas joyas que triunfaron hace más de cuarenta años y que,
además, continuamente se incorporan al repertorio actual de nuestra
música. Quien habló de la "fuente inagotable de recursos" estaba
pensando en la música soul.
tracks list:
01. Percy Sledge - When A Man Loves a Woman
02. Martha Reeves - Dancing In The Street
03. Clarence Carter - Slip Away
04. The Drifters - Save The Last Dance For Me
05. The Shirelles - Will You Love Me Tomorrow
06. Harold Melvin & The Blue Notes - If You Don´t Know Me By Now
07. The Coasters - Yakety Yak
08. Martha Reeves & The Vandellas - Jimmy Mack
09. Carla Thomas - Baby
10. Fontella Bass - Rescue Me
11. Betty Everett - The Shoop Shoop Song (It´s In His Kiss)
12. Mary Wells - My Guy
13. Etta James - Tell Mama
14. Barbara Lewis - Hello Stranger
15. Sam & Dave - Soul Man
16. Eddie Floyd - Knock On Wood
17. Rufus Thomas - Walking The Dog
18. Archie Bell & The Drells - Tighten Up
19. The Impressions - It´s All Right
20. R. B. Greaves - Take A Letter Maria
21. Hank Ballard & The Mignight - The Twist
22. Clarence Carter - Patches
23. Brook Benton - Rainy Night In Georgia
24. Ben E. King - Stand By Me
25. Aaron Neville - Tell It Like It Is
26. Clarence "Frogman" Hewnry - I Don´t Know Why (But I Do)
27. Brenton Wood - Gimme Little Sign
28. Dee Clark - Raindrops
This is the most commercial, rock-influenced album to date by Africa's
most inventive singer-songwriter, and it's dominated by sturdy riffs and
bass lines. Rokia Traoré has always set out to surprise, and by
choosing to work with John Parish, the producer and guitarist best known
for his work with PJ Harvey, she has moved away from the acoustic or
blues influences of her other recent projects. But this is still a
distinctively African album, partly sung in Bambara, and with the n'goni
as dominant as the guitars. And it succeeds because of the sheer
quality of her singing and the thoughtful, varied songs from the light
and then furious Kouma to Mélancholie, a highly personal reflection on
sadness and solitude. The most powerful riff is reserved for the title
track, a pounding, angry attack on the chaos in Mali and elsewhere in
Africa, mixed with a love song to the continent. Memorable.
Juntos Para Siempre é o registro do reencontro de Bebo Valdés e
Chucho Valdés, pai e filho respectivamente, após 18 anos sem se ver. Na
ocasião, Bebo (com 90 anos) e seu filho Chucho (com 68 anos),
interpretam no piano temas clássicos da música latinoamericana como:
"Tres Palabras" e "La Conga del Dentista" de Osvaldo Farrés e "Perdido" e
"Lágrimas Negras" de J. Tizol e M. Matamoros respectivamente, além de
composições próprias com "Preludio Para Bebo", "Descarga Valdés",
"Rareza del Siglo" e "A Chucho". O disco ganhou o Grammy como melhor
álbum de Jazz Latino e Prêmio Grammy Latino, ambos em 2010. Repleto de
sentimento e belas canções, Juntos Para Siempre é um disco para se ouvir sem pressa. Bebo Valdés faleceu no dia 22 de março de 2013.
Desde que começou a trabalhar com a
banda Relentless7, Ben Harper vem lançando seus melhores discos. Depois
de “White Lies for Dark Times” (2009) e “Give Till It’s Gone” (2011),
agora vem “Get Up!”, que recebe a adição de Charlie Musselwhite,
gaitista com quase quarenta anos de carreira e um dos heróis musicais de
Harper. O resultado dessa parceria reforça uma tese:
o amigo de Jack Johnson faz blues rock sem nenhum dos clichês de ambos
os gêneros (ok, “I’m In I’m Out and I’m Gone” é meio “canônica” demais,
mas só ela). O disco é excelente em sua concisão: dez faixas bem
resolvidas, executadas com uma pegada intensa na qual a execução se
sobrepõe à (notável) técnica dos músicos. A coisa pode ir para um lado
mais roots (“We Can’t End This Way”, “She Got Kick”) ou mais pesadão (“I
Don’t Believe a Word You Say”, “Blood Side Out”), mas a qualidade não
vacila. E ainda há a tensão crescente de “I Ride at Dawn”. (Leonardo Vinhas) I Don't Believe A Word You Say by Ben Harper & Charlie Musselwhite on Grooveshark
Amparo Sánchez regresa con un nuevo disco: “Alma de Cantaora”.
Un disco acústico, desnudo, tranquilo, anclado en la tierra, en la
naturaleza, marcado por la sencillez, por atmósferas fronterizas, por la
portentosa voz de Amparo y las sabias palabras de la abuela Margarita,
esa chamana que comparte sus experiencias con todo el que quiera
escucharla. Y reincide nuevamente en, como decía Billie Holyday, “Mi
canto se basa exclusivamente en los sentimientos. No puedo cantar nada
que no sienta”. “Alma de Cantaora” es un disco necesario, refrescante y
auténtico.
Oi Va Voi é um conjunto britânico cujo nome deriva de uma exclamação
popular iídiche, com uso em hebraico moderno, e significado aproximado
de “oh, querida”. É um conjunto experimental de Londres, formado no
final dos anos 1990. Seu som origina-se tanto das tradições asquenazes
como sefarditas, e inclui, desse modo, tanto a música klezmer como a
ladina, assim como influências da Europa oriental, sobretudo música
folclórica húngara. Utiliza também experiências de música electrónica
contemporânea.
O disco Frevo do Mundo
homenageia os 100 de um gênero musical que nasceu em Pernambuco.
Trata-se de um CD com 14 temas dos grandes compositores da época de ouro
do frevo, como Nelson Ferreira, Capiba, Antônio Maria, Irmãos Valença e
Levino Ferreira. Vários nomes consagrados da MPB, como Edu Lobo e João
Donato, e novos talentos, como Céu, Orquestra Imperial, Siba e Mundo
Livre S/A figuram no projeto. Esses artistas interpretam clássicos do
frevo a partir de seus próprios estilos, sem os cânones da tradição
pernambucana. O disco conta também com a participação dos principais
maestros do gênero na atualidade, entre eles Spok, Duda, Clovis Pereira e
Ademir Araújo, que vão complementar os arranjos livres dos artistas.
Nesse sentido, a proposta do disco é valorizar a escola de metais de
Pernambuco e ao mesmo tempo interagir com diferentes gerações da musica
brasileira.
A música de Chet Baker (1929 - 1988) é, em última instância, um estado
de espírito. Uma das melhores cantoras de jazz da atualidade, Luciana
Souza reproduz esse estado de espírito no CD The book of Chet,
tributo ao cantor e trompetista norte-americano. Lançado em agosto de
2012 nos Estados Unidos e recém-editado no Brasil pela gravadora
Universal Music, o disco está merecidamente na disputa por prêmio no
Grammy 2013 na categoria Álbum de jazz. Baker se tornou lenda no universo do jazz ao criar um som coolimpregnado de suavidade, lirismo e melancolia. Tais características estão evidentes nas interpretações dos dez standardsnorte-americanos selecionados por Luciana Souza para celebrar a Arte e o canto de Baker em The book of Chet. Temas como The thrill is gone (Ray Henderson e Lew Brown), He was good to me (Richard Rodgers e Lorenz Hart), The touch of your lips (Ray Noble), I don't stand a ghost of a chance with you (Victor Young, Ned Washington e Bing Crosby) e You got to my head
(Haven Gillespie e Fred Coots) ganham interpretações precisas, repletas
de sutilezas, sem dramas. A atuação do trio que acompanha Luciana Souza
neste disco produzido por Larry Klein - David Piltch (baixo acústico),
Jay Bellerose (na bateria e na percussão) e Larry Koonse (guitarra) - se
escora na contenção que ajusta o trio à atmosfera minimalista que
pauta The book of Chet. Há certa uniformidade no tom do disco, mas até essa linearidade contribui para a legitimidade do tributo. Se a ambiência de Forgetful (George Handy e Jack Segal) é em essência a mesma de The very thought of you(Ray Noble), é porque o canto e o fraseado de Chet Baker já irmanavam standards na elegância íntima do artista, recriada por Luciana Souza.
O cantor e multi-instrumentista Andrew Bird colocou no mercado o ano passado o
sexto álbum de estúdio de sua carreira solo. "Break it Yourself" traz
14 belas faixas - duas delas, interlúdios instrumentais - escritas com a
típica elegância do músico.
Para o novo disco, aliás, o norte-americano tinha um grande desafio, já
que seu último lançamento, "Noble Beast" (2009), acabou sendo um álbum
marcante em sua carreira. Isso não foi realmente um problema: o desafio
foi aceito e o objetivo atingido. "Break it Yourself" é tão bom quanto
ou ainda melhor que seu antecessor.
O que Andrew Bird apresenta em "Break it Yourself" é uma coleção de
músicas suaves, mas não passageiras. São canções para momentos
contemplativos, quem sabe de relaxamento. E isso se dá, nem tanto pela
mensagem de suas letras - às vezes com um toque sombrio, como em "Near
Death Experience Experience", que fala sobre a vida passar diante dos
olhos numa experiência de quase morte - mas especialmente pela
musicalidade de Bird, cheia de camadas e nuances.
Há uma atmosfera solta, provável resultado da forma como o disco foi
gravado, em uma série de jams no estúdio, junto com uma banda. É claro
que depois as canções ganharam arranjos, elementos e efeitos como se
fossem vitaminas para ficarem mais fortes.
O violino, como sempre, ganha grande destaque e assovios não ficam de
fora nas canções de "Break it Yourself". O clima folk anos 1960 está lá,
em todo o repertório, assim como as influências de jazz e pop que os
fãs do músico bem conhecem. Ou seja, "Break it Yourself" mantém o estilo
que toda a discografia de Bird ostenta.
São destaques no repertório "Eyeoneye", "Give It Away", "Danse Caribe" e a já citada "Near Death Experience Experience".
Couer de Pirate é o projeto musical da canadense Béatrice Martin, e está indicado àqueles que gostam de arranjos delicados, voz suave e uma certa melancolia.
Béatrice é de Quebec e apostou na divulgação de sua música através do MySpace, conquistando vários fãs, o que lhe permitiu lançar em 2008 seu primeiro LP - Couer de Pirate.
O segundo LP foi lançado em 2011 - Blonde, e como uma evolução natural do próprio projeto conta com mais instrumentos, uma produção maior e a mesma magia da voz de Béatrice.
m.
Primeira faixa do disco de estreia do inglês filho de ugandenses Michael
Kiwanuka, “Tell Me a Tale” deixa claro em seus vinte segundos iniciais
as matizes que se ouvirão no trabalho do cantor. O arranjo intrincado da
canção, com cordas e sopros, e sua letra cheia de significados poéticos
tramados de maneira (aparentemente) simples ecoam o pop sofisticado de
Van Morrison e Nick Drake, enquanto a voz de Kiwanuka traz à tona o bom
charme de crooners como Sam Cooke e Otis Redding. Tais influências
perpassam as dez faixas de “Home Again”, seja em um momento mais
balançado, como o doo-wop “Bones”; alegre, como na folk-song “I’ll Get
Along”, que não destoaria em um disco como “Moondance”; ou ainda nas
introspectivas baladas “Rest” e “I Won’t Lie”, capazes de arrepiar até o
último fio de cabelo do corpo. Conhecido por ter aberto shows para
Adele em 2011, Kiwanuka compartilha com a cantora de “Someone Like You” a
sensação de fazer música deslocada de seu tempo, mas que tem seu apelo
junto aos ouvintes justamente por ir contra a maré do hoje. Entretanto,
ao contrário de Adele, Kiwanuka parece ser capaz de colocar voz própria
em suas canções sem apelar para floreios e exageros (nem para uma imagem
muito bem construída e polida), compondo um disco em que pouquíssimas
coisas parecem fora de sintonia. Em “I’m Getting Ready”, outro ponto
alto de “Home Again”, o cantor diz que ainda está ficando pronto para
acreditar em algo maior, mas, depois de ouvir “Home Again” por inteiro, é
difícil que o ouvinte não se sinta em casa com por suas canções.
O projeto musical encabeçado por Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra (ex-Ira), Taciana Barros (ex-Gang 90) e Antonio Pinto (compositor
de trilhas sonoras para filmes) deu origem a um novo estilo musical: O
MPC (Música Psicodélica para Crianças). Os músicos já conhecidos da
década de 80, voltaram a se encontrar quando os filhos menores estavam
matriculados na mesma escola. Frequentavam as mesmas festas e nessas
festas cantavam as musicas que faziam para seus filhos. Decidiram que
deveriam reunir essas músicas em um disco. Nasce ai o primeiro disco do Pequeno Cidadão.
Tanto na produção e gravação do disco quanto nos shows da banda, os
filhos dos músicos participam nos vocais. Durante a apresentação, o
espectador se encanta com a miscelânea de instrumentos musicais, como
guitarra, piano, bateria, malabares, fantasias, brincadeiras de crianças
e um telão.
. “Pequeno Cidadão” tem 14 faixas e letras que brincam com os primeiros pepinos existenciais do ser humano: a hora de largar a chupeta (“Agora eu quero cantar, sem uma tampa de borracha pra me atrapalhar”), obrigação versus diversão (“Agora pode tomar banho / agora tem que pular no sofá”) ou dor-de-cotovelo (“O sol pediu a lua em casamento e a lua disse: não sei, não sei, não sei, me dá um tempo”).