lunes, 26 de septiembre de 2011

Luisa Maita - Lero Lero

Lero Lero

A inspiração de Luísa Maita alimenta-se da tradição musical brasileira na mesma intensidade com que frequenta a prateleria do pop americano. Para Luísa, não há diferença sensível entre João Gilberto e Michael Jackson, Nana Caymmi e Beyoncé, funk carioca e R&B como mostra este “Lero-Lero”, primeiro álbum da cantora e compositora paulistana lançado no Brasil pelo selo Oi Música. Como compositora Luísa Maita é uma cronista que não só observa, mas participa da cidade, caminha pelas avenidas e vielas do centro e da periferia à procura de estalos poéticos e melódicos. Essa facilidade com o trato da canção foi identificada pela cantora Virgínia Rosa quando decidiu gravar dois sambas de Luísa – “Madrugada” e “Amado Samba” – e por Mariana Aydar que incluiu em seu segundo álbum a canção “Beleza” (uma parceria com Rodrigo Campos), eleita uma das melhores músicas de 2009 pela revista Rolling Stone Brasil.
A intérprete Luísa usa a sensualidade de forma sutil como forma de transmitir sensações, como instrumento de comunicação. Parece mesmo ter encontrado a medida certa para, em suas próprias palavras, “atingir o máximo de expressão com o mínimo de afetação”. Essa característica pode ser verificada (ainda que de maneira mais tímida) em algumas faixas do álbum de seu primeiro grupo, a Urbanda. A personalidade musical de Luísa ganha mais força nas participações que fez no disco “São Mateus Não É Um Lugar Assim Tão Longe” de Rodrigo Campos e “Alborada do Brasil” de Carlos Nuñez e também em sua interpretação para os vídeos da candidatura do Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2016 dirigidos por Fernando Meirelles.
Mas em nenhum desses trabalhos Luísa Maita se revela como em “Lero-Lero” que sintetiza compositora e intérprete, une referências musicais e pessoais com preciosismo e despojamento. Síntese cujas medidas foram assimiladas por Paulo Lepetit, o alfaiate produtor do álbum, que lhe conferiu uma vibração contemporânea através dos beats e programações eletrônicas e por Rodrigo Campos (co-produtor ao lado de Luísa) e seu violão afro que dialoga no mesmo volume com a base ritmica das canções.
O álbum é pontuado por influências da música pop e eletrônica indissociáveis da base acústica profundamente enraizada no samba, na bossa nova e na música popular brasileira. As faixas apresentam uma galeria de ritmos tradicionais do Brasil: do samba ao maculelê, da bossa nova ao baião. No entanto, aparecem desconstruídos, muitas vezes reduzidos às células rítmicas básicas que se transformam com os timbres eletrônicos dos beats e com a instrumentação acústica.
Além de Paulo Lepetit e Rodrigo Campos, o disco conta com a participação dos músicos Kuki Storlarski e Sérgio Reze (bateria), Théo da Cuíca e Jorge Neguinho (cuíca), Siba (rabeca), Fabio Tagliaferri (viola) e Swami Jr (violão).
Com o filtro da sensibilidade, Luísa recorta pedaços da história musical brasileira, do cotidiano da cidade de São Paulo e de seu povo. Juntando as faixas, salta aos ouvidos uma unidade, uma massa sonora de delicadezas, sensualidade e autenticidade. Um exemplo da constante evolução e reinterpretação da música brasileira, a estréia de Luísa Maita exibe uma artista exposta à tradição e modernidade, enraizada à vida contemporânea, pronta para devolver tudo aquilo que absorveu de sua família, da cidade e das pessoas: a música.

lunes, 19 de septiembre de 2011

Eva Cortés - Back 2 the Source

Back 2 the source


Es su disco más estrictamente jazzero y posiblemente el mejor hasta la fecha tras sus dos anteriores entregas; “Como agua antre los dedos” y “El mar de mi vida”. Y es que a pesar de todas las fusiones habidas y por haber, al final siempre hay que volver a los clásicos, que es donde realmente se fundamenta la trayectoria de cualquier artista.
Este “Back 2 The Source” es la mirada personal de Eva Cortés a la esencia de lo que ella considera el pilar de su influencia musical: el jazz. Y lo hace a través de una selección musical realmente envidiable, donde se recogen tanto temas de Henri Mancini como de Cole Porter o Rogers&Hammerstein II.
En este disco hay dos cosas que merecen ser destacadas. Primera, que es el debut de la cantante utilizando el inglés en sus grabaciones como lengua principal. Segunda, y esto merece ser remarcado, que sin pretenderlo, pues la grabación es muy anterior, este disco es un magnífico homenaje a la figura del recientemente desaparecido compositor/arreglador español Augusto Algueró; pues se utilizan varios de sus arreglos para versiones de grandes temas del American Songbook que él llevó al castellano. Así, hay que mencionar “Embrujo” (“Bewitched, bothered and bewildered”); “Dentro de mi” (“I ve got you under my skin”); “El río de la luna” (“Moonriver”) y “Llevame a la luna (“Fly me to the moon”). Sólo cabe decir que los arreglos son magníficos y que Cortés hace unas interpretaciones muy cabales.
Lo anterior no significa que Eva Cortés haya perdido sus señas de identidad musicales, y así ese flamenquito que interpreta está también presente en varios momentos del disco; como también lo está su mirada a Francia con la versión de “Sous le ciel de París”; y, por último, no podían faltar sus fuentes latinas, máxime con la participación de su fiel escudero Pepe Rivero al piano (acompañado de su trío), que le da un punto cubanísimo muy de agradecer a lo largo del disco.
Sin duda, este es el álbum que asienta a esta cantante de origen hondureño (pero pasada por París, Sevilla y Madrid), como una de las figuras más sólidas del panorama del jazz vocal español.

José Manuel Pérez rey

Embrujo by Eva Cortes on Grooveshark

viernes, 9 de septiembre de 2011

Marcelo Jeneci - Feito pra acabar

Feito pra acabar

O mundo parecia conspirar a favor de Marcelo Jeneci. O pai, apaixonado música e pela jovem guarda, construiu a vida consertando instrumentos musicais. Certo dia, um dos clientes mais assíduos de sua oficina, Dominguinhos, resolveu presentear o menino que brincava no meio das sanfonas do trabalho do pai com um item da sua própria coleção. Com ela, Marcelo foi aprendendo, até descobrir que Chico César estava procurando um sanfoneiro para uma turnê internacional. Até meados de 2010, Marcelo Jeneci continuou assim: Era o rapaz do acordeom nas bandas e discos de alguns dos artistas mais cultuados da MPB, Marcelo Camelo e Arnaldo Antunes dentre eles. Mas, como uma borboleta que sai de seu casulo para alçar liberdade, lançou, no ano passado pela Som Livre um álbum composto por canções que os críticos, à época, classificaram como “música de mariposa”. “Feito pra Acabar”, com referências claras de Los Hermanos a Roberto Carlos, já teve até música em novela das oito e outra regravada pelo sertanejo Leonardo, mas, após um ano de seu lançamento, segue como ápice da nova e promissora safra indie-MPB paulistana.
Em seu disco de estréia, aos 28 anos, Marcelo Jeneci recebeu cotação “ótimo” e “excelente” na maioria das revistas de músicas nacionais e foi considerado, pela Rolling Stone, o segundo melhor lançamento brasileiro de 2010, perdendo apenas para “Efêmera”, da cantora santista Tulipa Ruiz.
Apesar de ótimas faixas, como “Felicidade”, “Pra Sonhar” “Dar-te-ei” e “Café com Leite de Rosas”, essa última em parceria com Arnaldo Antunes, “Feito pra Acabar” possui, assim como quase tudo feito nos últimos dez anos no Brasil, prazo de validade. Marcelo terá de inovar para não sofrer da “maldição do segundo disco”. Esse doce todo pode se tornar azedo. Azedinho. (Desconheça Música).

martes, 6 de septiembre de 2011

Ben L'Oncle Soul - Back for you

Back for you

O músico francês Ben L'Oncle Soul é retro, apesar da pouca idade. Ele está na onda pois tem boa proposta musical aos nossos ouvidos. E, tenho que confessar, nada como ouvir um belo francês, hein... Cantando o New Soul Francèse criativamente, Ben mostra a sua competência de forma divertida e ainda tem a audácia de misturar o inglês com o francês sem cair no ridiculo. Muito bom!

sábado, 3 de septiembre de 2011

Brassroots - Good Life EP

Good Life

Born on the streets of East London, autumn 2008, this explosive 8 piece horn and percussion ensemble ooze an energy fed by incredible musicians from the UK, France, Greece, America and Israel. With the noble aim of establishing a flourishing brass band scene in Britain, Brassroots bring an unbelievable real, live instrumental sound back into mainstream music by presenting pop music in a unique format. Having unleashed knock-out shows to sold-out audiences at Scala, Glastonbury, Secret Garden Party and Bestival, the summer ended with Brassroots being the first band ever to play live on Channel 4a as Big Brother. Blazing a trail through the music scene, Brassroots have been played by both Gilles Peterson and Rob da Bank on BBC Radio 1, Sean Rowley, Magic, Choice FM and La a as legendary radio station KCRW. Brassroots are firmly on track to change the way you experience live music, leaving fans screaming for more whilst they rock the festivals and towns across the nation. Ita as a wonder that they found time to record their self-titled EP and rehearse for the Big Brother show.