lunes, 31 de octubre de 2011

Françoise Hardy -The Yeh Yeh Girl from Paris

The Yeh Yeh Girl from Paris

Back in the early 1960’s when American bands like the Crystals, the Ronettes, and the Shangri-La’s were debuting the R&B infused “girl group” sound stateside, a similar revolution in female pop music was taking place across the ocean in France.  While the Yé-Yé sound (basically French for “yeah yeah”) never really caught mainstream success in the U.S. the genre won widespread acclaim in much of the French-speaking world, with artists like Serge Gainsbourg and France Gall becoming bona fide legends. 
Francoise Hardy was one of the defining artists of the Yé-Yé sound, alongside France Gall, Sylvie Vartan, and Jane Birkin, amongst others.   Her beauty and youth and pristine vocals made her a natural in a musical genre that branded its stars as naïve yet beautiful sex kittens who sang seemingly innocent songs about pie-eyed teenage love.   Hardy’s 1962 debut never carried an official title (neither did several subsequent releases) but by word of mouth eventually became referred to as Tous Les Garçons et les Filles after the record’s lead single. In 1965 the LP was officially re-released under the name The Yeh Yeh Girl From Paris! Perhaps more than any subsequent release Yeh Yeh defined Hardy’s sound, the aforementioned lead single being arguably her best known work today, even after a career that now spans over forty years.
And unsurprisingly Yeh Yeh still holds up very well after all these years.  Made especially relevant due to our current girl group resurgence (Dum Dum Girls, Vivian Girls, etc) it isn’t difficult to draw parallels from the past to the present.  Starting with the career defining single “Tout Les Garçons” Yeh Yeh contains a wealth of intricate styling and pop hooks that will get toes tapping even today.  Tracks like “La Fille Avec Toi” and “On Se Plait” are great examples of Hardy’s timidly romantic pining, while the addition of guitar noodling and a slightly smokier tone gives “Ca a Rate” a a psychedelic cum R&B edge.   Hardy even dabbles in what sounds like Patsy Cline territory in country inflected “Oh Oh Cherie” and “J’suis D’Accord.”  Yeh Yeh is without a doubt a pop record though, more than anything else, with Hardy incorporating every influence into the umbrella of her saucer-eyed chanteuse façade.
Hardy went on to release a mountain of records all the way up through the nineties, even releasing a La Pluie Sans Parapluie as recently as this year.  I haven’t listened to even a sliver of them, and chances are most other Americans haven’t either.  If you were looking for a starting point though you couldn’t do much better than The Yeh Yeh Girl From Paris!, the first and perhaps finest example of a genre-defining artist at the peak of her talent.
– Jon Behm

jueves, 20 de octubre de 2011

Kimbra - Vows

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(...)  há sim espaço e pessoas que façam a música pop brilhar sem exatamente soar como uma grande massa sonora redundante. Um belo exemplo disso está em Vows (2011, Warner Bros.), registro de estreia da neozelandesa Kimbra Johnson, cantora que se valendo de elementos do jazz, soul e até da música experimental transforma seu debut em um álbum que mesmo acessível ao público passa longe das mesmas repetições do gênero.
Discípula de grandes veteranas do Jazz e da Soul Music, entre elas a memorável Nina Simone (por todos os lados ecoam referências ao que a jazzista desenvolveu ao longe do sua carreira), Kimbra faz de seu primeiro registro em estúdio um mergulho nas décadas de 1960 e 70, claro, dentro de uma linguagem essencialmente plástica e renovada. Contudo, longe de soar como qualquer novata britânica que utiliza das exatas mesmas referências, Johnson traz para junto de suas composições um tempero novo e por vezes inédito, uma especiaria rara vinda das frias terras islandesas, um elemento chamado Björk.
Não apenas pelo timbre de voz ou pela forma como a neozelandesa vai derramando seus vocais aos longo das 11 faixas do álbum, mas principalmente pela forma como as melodias instrumentais vão se posicionando dentro do registro. Por todos os lados batidas assíncronas vão se aconchegando no interior do trabalho, ditando assim a condução do não tão delicado álbum da cantora, que parece mudar sua forma de cantar ou de se impor em cada nova composição, às vezes até mesmo em cada novo segundo da faixa. É como se por todos os lados uma versão mais lenta do clássico Post pudesse ser encontrada, não de forma copiada, mas como uma referência mesmo (by Miojo Indie).



viernes, 14 de octubre de 2011

Junio Barreto - Setembro

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"Setembro seria uma forma de eu renascer... A maioria das músicas deste novo disco têm uma temática de desamores, de situações desse tipo... Eu saio e estou bem, curado de tristezas e desilusões amorosas. Quase todas as músicas do disco falam basicamente disso. Isso é reflorescer, é nascer e o mês que simboliza isto é setembro". A frase é do músico Junio Barreto, 47, e não poderia ser mais acertada para explicar o sentimento de renascimento que emana de seu novo disco, Setembro.
Após um período de sete anos sem gravar nenhum álbum, exceto por um EP com três músicas, o pernambucano volta com um trabalho elogiado pela crítica e recheado de participações especialíssimas. Céu, Seu Jorge, Marina de La Riva e Luísa Maita são algumas delas. Além da produção de Pupilo, o disco traz um gostinho da Nação Zumbi, com presença de Jorge du Peixe e Dengue.

Prestes a iniciar a turnê de lançamento, conversamos com  Junio por telefone e falamos sobre seu processo de composição, as participações no disco, o período sem gravar e outras coisas.

Seu disco anterior se chamava Junio Barreto e este, Setembro. Por que o nome?
Eu fiquei sete anos em gravar e setembro seria uma forma de eu renascer... A maioria das músicas deste novo disco têm uma temática de desamores, de situações desse tipo... Eu saio e estou bem, curado de tristezas e desilusões amorosas. Quase todas as músicas do disco falam basicamente disso. Isso é reflorescer, é nascer e o mês que simboliza isso é setembro. A primavera. Pra mim sempre foi um mês que eu curti muito, no nordeste quando acaba a chuva, quando acaba o inverno entra direto o verão, é a volta do sol. Tem até uma música "Vamos abraçar o sol". Esse é um disco mais florido e primaveril.

É verdade. O disco é bem primaveril e fala muito da natureza. Sua vida em São Paulo e a saudade de Caruaru influem na inspiração para escrever letras com essa temática?
O mar tá presente em toda minha vida o tempo todo. Eu vou pro mar duas ou três vezes por mês. Eu adoro, mar, rio, matas! Acho muito interessante essa questão. Esses elementos sempre existem na minha música. A natureza, junto com o amor, o desamor e com alguns aditivos da noite. Tem a coisa urbana e também tem uma coisa que lembra muito as matas, as plantas, árvores, sertões, agrestes. Na verdade, ela sintetiza todos os cantos do Brasil, não só o nordeste, Recife ou Caruaru. Esse ano já fui para lá dez vezes, por isso, não dá pra sentir falta dessa natureza, porque desde que eu comecei a morar aqui sempre viajo muito pra lá. Não é essa falta que me move. Às vezes eu vejo uma pedra aqui na cidade e dessa pedra sai uma florzinha. Isso me move; essa natureza construída e refeita numa cidade de pedras.
"O mar tá presente em toda minha vida o tempo todo"
Li que seu processo de composição é bem livre, que você tem a ideia na cabeça, mas muitas vezes compõe a música na hora de gravar. É isso mesmo?
Sim. Eu vejo ou escuto uma palavra, mas prefiro visualizá-la. Se eu perdesse a visão, ficasse cego, acho que não conseguiria mais escrever. Ia ser como Jorge Luis Borges, ou João Cabral de Melo Neto, que quando perderam a visão não escreveram mais. Eu preciso ver a palavra, esteticamente a palavra tem que ser bonita, a maneira como ela é escrita. Pego essa palavra e escrevo, e saio andando... Leio outra coisa que eu acho que fica bonitinho junto daquela que eu escrevi primeiro e depois vou fazendo isso, várias, várias, várias e quando vejo, escrevi uma coisa que eu queria escrever, mas não sabia que queria. Muitas coisas surgem assim, e já surgem com uma melodia. Então é bem livre, mas eu me preocupo. Não usaria uma palavra feia, busco uma forma bonita, uma forma bonita de poesia.

Setembro traz muitas participações. Céu, Luisa Maita, Marina de La Riva são alguma delas. Como surgiu a ideia de cada uma?
Eu escrevi a música e Pupilo, que é o produtor do disco, disse: 'Vamos chamar essas três garotas: Céu, Luísa Maita e Marina de la Riva'. As meninas fazem os vocais no disco, mais ou menos como os do Quarteto em Cy, do Tom Jobim, do Chico Buarque. A ideia das participações veio depois da música pronta. A gente fez a base, guitarra, baixo e piano, gravamos juntos e as outras coisas pensamos depois. Como o violão. Pensamos no Seu Jorge, que toca muito bem. Na outra, pensamos que ficaria legal na voz das meninas,  em outra no Vitor Araújo... E assim foi.

Além dessas ideias, o que o Pupilo trouxe de essencial para o disco?
Ele trouxe tudo! Pupilo é genial. Se eu pensava samba, ele desconstruía e fazia uma tropicália. Se eu dizia, vamos usar um flauta ele dizia, vamos usar um trombone. Não é à toa que ele fez o Caetano, fez algumas coisas da Marisa [Monte]. Ele é uma figura essencial na música hoje, está se revelando um dos maiores produtores do Brasil. Ele é um geniozinho, ele tem tudo na cabeça! Eu chego com uma música e ele já tem o resto pronto!

Quando você pensou em fazer você já sabia que ele seria o produtor?A gente vem se paquerando há um tempo. Há 2, 3 anos ele já me dizia que queria produzir um disco meu e eu respondia dizendo que gostaria muito, que quando ele tivesse um tempo, produzisse um disco meu. Até que esse ano concretizou. É um prazer e uma honra trabalhar com ele. E tem também o Mombojó. Foi muito ideia dele, para uma música minha e do Jorge du Peixe. Chamamos toda a banda para tocar essa música. Eu chamaria outros músicos, nem sei quem eu chamaria. Esse é o papel de um grande produtor.


Em seu primeiro disco a imagem da capa é uma ilustração. Em Setembro, você está na foto da capa, meio escondido, mas está. Você se sente mais confortável para aparecer agora?
Acho que eu me sinto mais bonito (risos). Não me acho nada, nada fotogênico. Achei que minha fotografia ia desgraçar a capa (risos). Na primeira capa, eu entrei na casa de uma amiga minha que é artista plástica, Renata Pinheiro, e tinha aquele quadro na parede. Aí eu disse que seria a capa do meu disco, eu escolhi na hora. Esse já é uma foto de Francio, que acabei me colocando ali no meio...

Mas a ideia foi sua?

Sim, foi. Me coloquei lá atrás, de óculos, chapéu, paletó, (risos) um cachorro pra chamar atenção e duas meninas bonitas para chamar mais atenção ainda. Eu sou o pano de fundo, eu sou igual ao mato (risos)!

Entre o primeiro disco e este, passaram-se sete anos. Por que esse período sem gravar?Nesses sete anos, eu gravei um EP com três musicas, que eu inclusive vou cantar no show, mais ou menos quatro anos depois do segundo disco. O primeiro disco, teve uma aceitação muito boa de critica,  por isso acabei fazendo muitos shows, 100 em um ano, só na cidade de São Paulo. Esse disco rendeu muito, todo mundo dizendo que maravilha e tal e aí eu fui me apegando a ele. Quando eu vi, sete anos tinham passado. O tempo passa muito rápido e eu sou muito preguiçoso.  O próximo disco, eu já estou compondo e pretendo começar a gravar em janeiro, para dentro de um ano já estar pronto.

O processo ficou bem mais rápido! Por que essa mudança, essa vontade de gravar o próximo trabalho logo?
Porque estou ficando velho e gagá (risos). Eu tenho que fazer coisas, eu sei que posso, então não quero me acomodar. Também por querer fazer músicas para os meus amigos, para minha mãe, para a minha família...Quero mostrar música para as pessoas, não quero mais ficar sete anos sem fazer nada. Sinto necessidade de compor e poder dizer coisas para as pessoas.

Gal Costa e Maria Rita já gravaram canções suas. Você gostou do resultado? Qual artista você gostaria que gravasse uma música sua e por quê?Além delas, também o Lenine, Roberta Sá e Céu. Eu adorei! Tanto a Céu, quanto Gal, Maria Rita e Lenine gravaram a mesma música, Santana. São  arranjos diferentes, coisas muito particulares e peculiares , mas  gosto muito de todos. Não tenho nada a declarar contra. Eu gostaria que a Ivete Sangalo gravasse, porque eu ia ganhar muito dinheiro (risos). Mas tem várias pessoas...Tulipa Ruiz, que é um amor, Marina De la Riva, Céu de novo. Mas eu queria muito que essas cantoras pops gravassem. Sempre pensei em Ivete. Ela é uma grande cantora, sem clichê de axé ou não...Uma grande intérprete. Eu já tive a honra de ser gravado por Gal e Maria Rita. Talvez Maria Bethânia e Nana Caymmi! Mas não sei! Tem tanta gente fantástica que seu eu fosse enumerar, passaria o dia.

Hoje você se apresenta no Sesc Vila Mariana. O que os fãs podem esperar? Alguma participação especial planejada
Barbara Eugênia irá cantar Rosa Amarela. Também teremos Marina de La Riva e algumas outras pessoas que podem aparecer ou não. Eu vou cantar dezessete músicas, sete do primeiro disco,  mas num arranjo mais forte, animado. Além de sete canções do novo disco e três do EP. A banda tem oito pessoas. Acho que vai ser bem legal! Pelos ensaios estamos bem felizes. (Revista TPM)

lunes, 10 de octubre de 2011

Ayo - Billie-Eve [2011]

Ayo : Billie-Eve, son nouvel album
10 févr. 2011 Albin Schmitt

Ayo - Billie-EveLa chanteuse germano-nigérienne est en passe de sortir un troisième CD, Billie-Eve, dont le titre rend hommage à sa première fille née en juillet dernier.

Près de trois ans après son second opus Gravity At Last, Joy Olasunmibo Ogunmakin, bien mieux connue sous son nom de scène Ayo, opère un vaste retour cette année. Attendu pour le 7 mars 2011 sur Polydor, Billie-Eve est un projet discographique regroupant quinze chansons et surtout celui qui porte le même nom que son second enfant, sa fille Billie-Eve, n’ayant pas encore soufflé sa première bougie.
Des collaborations fructueuses ont donné naissance à Billie-Eve
Si son prochain disque est très personnel, celui-ci est aussi plus abouti, sophistiqué et plus riche que ses deux prédécesseurs, Joyful en 2006 et le haut en couleurs Gravity At Last en 2008, avec quelques invités très prestigieux et des compositions qui privilégient les émotions à fleur de peau. « Je voulais absolument qu’on enregistre l’album à New York, et on avait le choix entre deux studios, Avatar ou Sear Sound. J’ai choisi le second qui est confortable et plein de bonne énergie », a expliqué Ayo.
« J’ai voulu une équipe resserrée, histoire de faire un retour aux sources. J’ai réalisé les chansons moi-même, et comme musiciens j’ai choisi Gail-Ann Dorsey, qui joue de la basse avec David Bowie, Craig Ross, le guitariste de Lenny Kravitz, et Flemming Lauritsen à la batterie, un drummer old school avec un son très Band Of Gypsys. Après les enregistrements new-yorkais qui ont duré cinq jours, comme pour mes deux précédents albums, je suis retournée en studio à Paris faire quatre chansons avec deux de mes musiciens de tournée, dont "It Hurts" et “Real Love“, sur lesquelles Matthieu Chedid (- M -) est venu jouer de la guitare ».

Billie-Eve ou un florilège de sonorités

La couleur musicale de ce troisième opus puissant est manifestement éclectique, allant du reggae au rock psychédélique avec de jolis passages blues et soul, le tout surplombé de paroles poignantes, les plus intenses qu’Ayo ait jamais écrites. Julia, l’histoire vraie et bouleversante d’une petite fille malheureusement atteinte d’un cancer incurable, est le sommet émotionnel d’un disque capable d’explorer tous les sentiments avec la même conviction.

Seul invité vocal sur l’album Billie-Eve, le poète Saul Williams ajoute une merveilleuse touche de spoken word au titre original Believe, sur lequel la chanteuse germano-nigérienne prend un malin plaisir à jouer de la guitare électrique.
Ayo née Artiste
Qu’Ayo reprenne I Want You Back des Jackson 5 ou qu’elle chante la beauté de la femme sur I’m Gonna Dance, c’est la même profondeur d’âme qui domine, cette façon époustouflante d’apprivoiser les mots et de les marier à des musiques qui leur fournissent un écrin idéal. « On est tous sur cette terre pour une raison, je pense que tout est écrit », a lancé la musicienne. « Moi, j’ai eu la chance de vivre mon rêve et de rencontrer les bonnes personnes pour le mener à bien. Il y a des gens qui ne me comprennent pas quand je dis ça, mais j’ai toujours su que j’étais destinée à être artiste ».

Le meilleur album de sa jeune carrière musicale

Billie-Eve est le témoignage poignant et dansant d’une chanteuse hors pair dont l’évolution artistique est toujours notable depuis son premier CD en 2006, Joyful. « Ce troisième album est plus direct, plus rêche, plus simple. Il a ce feeling rock à cause des guitares électriques, car contrairement à mes deux précédents disques, j’ai joué très peu de guitare acoustique », a confié Ayo, avant de conclure. « Je sais qu’on dit souvent que c’est le premier disque qui est le plus important, mais pour moi c’est celui-là. Billie-Eve m’a ouvert des nouvelles portes, je l’ai réalisé moi-même et j’en suis très fière »... Et vous, qu’en pensez-vous ? (By http://ayo.wikidot.com/v2start:home )

jueves, 6 de octubre de 2011

Mariana Aydar - Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo

Cavaleiro Selvagem aqui te Sigo

Mariana Aydar e Duani Martins se juntaram ao maestro Letieres Leite, responsável pelo som da Orkestra Rumpilezz, para prepararem um dos melhores discos deste ano – ‘Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo’.

O disco abre com uma flauta na vinheta ‘A saga do Cavaleiro’ e segue com a bela composição de Aydar, Luisa Maita e Jwala, ‘Solitude’, que versa sobre a solidão de cada um. ‘Não foi em vão’ já havia sido gravada por Thalma Freitas com a Orquestra Imperial, mas na voz de Aydar deixou de ser o sambinha leve e descompromissado para se transformar num afro-tango-soteropolitano sob a batuta do maestro Leite.

‘Passionais’ é uma doce balada composta por Dante Ozzetti e Luis Tatit. Depois Aydar transporta o samba de Monarco e Ratinho, do Rio de Janeiro para Buenos Aires num tango indie e moderno, em ‘Vai vadiar’. ‘Nine out of ten’, composição de Caetano Veloso, ganhou um balanço jazzístico com final crescente e épico de dar inveja ao próprio autor, que primeiro gravou essa canção.

‘Floresta’ é uma parceria da cantora, Held e com Tiganá Santana, que também canta na faixa. ‘Galope rasante’ de Zé Ramalho, virou uma balada singela e suingada, muito diferente da frenética versão original. ‘Porto’ de Romulo Fróes e Nuno Ramos encontrou tanta química com a voz de Aydar, que deixou a impressão que Fróes devia compor mais para essa cantora, ou ela devia cantar mais canções de Fróes.

‘Preciso do teu sorriso’, sucesso do Trio Virgulino composto por João Silva tem a sanfona calorosa de Dominguinhos. ‘O homem da perna de pau’ de Edson Duarte é carimbó, é brega, é guitarrada, é forró, é tudo ao mesmo tempo, e ainda com temperos psicodélicos. ‘Cavaleiro selvagem’ é uma parceria de Aydar com EMICIDA. O álbum encerra com a suave ‘Vinheta da alegria’.

A banda conta com Guilherme Held nas guitarras, Robinho Tavares no baixo, Guilherme Ribeiro nos teclados e sanfona, de Gustavo Di Dalva na percussão e do próprio Duani Martins na bateria, além de claro a voz de Aydar.

A escolha do maestro Leitieres Leite como produtor resultou numa assinatura única que permeia todo o álbum. Fácil de ouvir ecos da Orkestra Rumpilezz por todas as faixas (by Eu Ovo).