martes, 26 de febrero de 2013

Oi-Vai-Voi - Digital Folklore (2002)

Digital Folklore

 Oi Va Voi é um conjunto britânico cujo nome deriva de uma exclamação popular iídiche, com uso em hebraico moderno, e significado aproximado de “oh, querida”. É um conjunto experimental de Londres, formado no final dos anos 1990. Seu som origina-se tanto das tradições asquenazes como sefarditas, e inclui, desse modo, tanto a música klezmer como a ladina, assim como influências da Europa oriental, sobretudo música folclórica húngara. Utiliza também experiências de música electrónica contemporânea.


Pagamenska by Oi Va Voi on Grooveshark

domingo, 17 de febrero de 2013

Frevo do Mundo (2008)

Frevo do Mundo 

O disco Frevo do Mundo homenageia os 100 de um gênero musical que nasceu em Pernambuco. Trata-se de um CD com 14 temas dos grandes compositores da época de ouro do frevo, como Nelson Ferreira, Capiba, Antônio Maria, Irmãos Valença e Levino Ferreira. Vários nomes consagrados da MPB, como Edu Lobo e João Donato, e novos talentos, como Céu, Orquestra Imperial, Siba e Mundo Livre S/A figuram no projeto. Esses artistas interpretam clássicos do frevo a partir de seus próprios estilos, sem os cânones da tradição pernambucana. O disco conta também com a participação dos principais maestros do gênero na atualidade, entre eles Spok, Duda, Clovis Pereira e Ademir Araújo, que vão complementar os arranjos livres dos artistas. Nesse sentido, a proposta do disco é valorizar a escola de metais de Pernambuco e ao mesmo tempo interagir com diferentes gerações da musica brasileira.

Frevo de Saudade by CéU & 3 Na Massa on Grooveshark

viernes, 8 de febrero de 2013

Luciana Souza - The Book of Chet (2012)

The Book Of Chet

A música de Chet Baker (1929 - 1988) é, em última instância, um estado de espírito. Uma das melhores cantoras de jazz da atualidade, Luciana Souza reproduz esse estado de espírito no CD The book of Chet, tributo ao cantor e trompetista norte-americano. Lançado em agosto de 2012 nos Estados Unidos e recém-editado no Brasil pela gravadora Universal Music, o disco está merecidamente na disputa por prêmio no Grammy 2013 na categoria Álbum de jazz. Baker se tornou lenda no universo do jazz ao criar um som cool impregnado de suavidade, lirismo e melancolia. Tais características estão evidentes nas interpretações dos dez standards norte-americanos selecionados por Luciana Souza para celebrar a Arte e o canto de Baker em The book of Chet. Temas como The thrill is gone (Ray Henderson e Lew Brown), He was good to me (Richard Rodgers e Lorenz Hart), The touch of your lips (Ray Noble), I don't stand a ghost of a chance with you (Victor Young, Ned Washington e Bing Crosby) e You got to my head (Haven Gillespie e Fred Coots) ganham interpretações precisas, repletas de sutilezas, sem dramas. A atuação do trio que acompanha Luciana Souza neste disco produzido por Larry Klein - David Piltch (baixo acústico), Jay Bellerose (na bateria e na percussão) e Larry Koonse (guitarra) - se escora na contenção que ajusta o trio à atmosfera minimalista que pauta The book of Chet. Há certa uniformidade no tom do disco, mas até essa linearidade contribui para a legitimidade do tributo. Se a ambiência de Forgetful (George Handy e Jack Segal) é em essência a mesma de The very thought of you (Ray Noble), é porque o canto e o fraseado de Chet Baker já irmanavam standards na elegância íntima do artista, recriada por Luciana Souza.

I Fall In Love Too Easily by Luciana Souza on Grooveshark

martes, 5 de febrero de 2013

Andrew Bird - Break It Yourself (2012)

Break It Yourself

O cantor e multi-instrumentista Andrew Bird colocou no mercado o ano passado o sexto álbum de estúdio de sua carreira solo. "Break it Yourself" traz 14 belas faixas - duas delas, interlúdios instrumentais - escritas com a típica elegância do músico.

Para o novo disco, aliás, o norte-americano tinha um grande desafio, já que seu último lançamento, "Noble Beast" (2009), acabou sendo um álbum marcante em sua carreira. Isso não foi realmente um problema: o desafio foi aceito e o objetivo atingido. "Break it Yourself" é tão bom quanto ou ainda melhor que seu antecessor.

O que Andrew Bird apresenta em "Break it Yourself" é uma coleção de músicas suaves, mas não passageiras. São canções para momentos contemplativos, quem sabe de relaxamento. E isso se dá, nem tanto pela mensagem de suas letras - às vezes com um toque sombrio, como em "Near Death Experience Experience", que fala sobre a vida passar diante dos olhos numa experiência de quase morte - mas especialmente pela musicalidade de Bird, cheia de camadas e nuances.

Há uma atmosfera solta, provável resultado da forma como o disco foi gravado, em uma série de jams no estúdio, junto com uma banda. É claro que depois as canções ganharam arranjos, elementos e efeitos como se fossem vitaminas para ficarem mais fortes.

O violino, como sempre, ganha grande destaque e assovios não ficam de fora nas canções de "Break it Yourself". O clima folk anos 1960 está lá, em todo o repertório, assim como as influências de jazz e pop que os fãs do músico bem conhecem. Ou seja, "Break it Yourself" mantém o estilo que toda a discografia de Bird ostenta.

São destaques no repertório "Eyeoneye", "Give It Away", "Danse Caribe" e a já citada "Near Death Experience Experience".

Eyeoneye by Andrew Bird on Grooveshark